Será que devo procurar ajuda?
Luiz Ricardo Oliveira
12/25/20242 min read
Ao longo da história da humanidade, o termo “ajuda” foi empregado, usualmente, de maneira pejorativa, como se alguém que pedisse ajuda estivesse assinando um termo atestando sua incapacidade para resolver seus próprios problemas. Estamos até acostumados a pedir ajuda a estranhos quando procuramos algo em uma rua desconhecida, a um colega de trabalho para um projeto profissional, ou ao banco, quando precisamos de dinheiro. Quando precisamos de ajuda para nossos aspectos mais particulares ou íntimos, ao contrário, surge uma enorme barreira! No final, acabamos esmagados tanto pelos problemas que vivenciamos em nosso íntimo, quanto pela solidão que surge da dificuldade em repartir nossas dúvidas e angústias com outra pessoa. Ficamos presos em nossos vícios e hábitos nada saudáveis, tendo dificuldades para entender nossos próprios limites ou lidar com nossas relações pessoais. O desejo de mudança existe, mas não sabemos por onde começar.
Segundo o dicionário Aurélio, ajuda significa “auxílio, socorro, assistência, favor: dar ajuda a alguém”. É nas relações de ajuda que as experiências humanas se encontram, se entrelaçam e se redescobrem. A relação de ajuda pode ser estabelecida entre duas ou mais pessoas, todas empenhadas na solução de um problema específico (cada um dentro de seus limites e possibilidades).
A relação psicoterapêutica nada mais é do que um tipo específico de relação de ajuda, cabendo ao terapeuta utilizar de todo seu arsenal técnico e teórico sobre as características e possibilidades humanas, na busca por resoluções de problemas trazidos pelo cliente; e, ao cliente, cabe participar ativamente neste projeto, com disposição para se entregar ao processo de busca por uma existência mais autêntica. O terapeuta, assim, auxilia na remoção dos bloqueios que impedem o cliente de se desenvolver plenamente, dando a este a oportunidade para aprender e se conhecer melhor, tomando caminhos e decisões mais satisfatórias para sua vida.
Terapia, obviamente, não é para todos. Mas todos podem se beneficiar dela! Aproveitando que no mês de setembro damos atenção redobrada a aspectos de nossa saúde mental - discutindo um fenômeno complexo que será tema de mais um psico post esse mês - que tal dar o primeiro passo e procurar ajuda para lidar com questões que talvez você (e/ou os outros à sua volta) insista em ver como bobeira?
Saúde mental é coisa séria e merece ser ligada como tal!
Se cuidem!